quinta-feira, 18 de março de 2010

DIVÓRCIO

Ultimamente tenho cada vez mais a percepção de que a sociedade despreza valores essenciais, Portugal viveu um período de grande repressão e por vezes acredito, que ainda existe a euforia de fazer tudo o que antes era proibido.

O tema que trago hoje para abrir este blog é o divórcio. Até que ponto esta acção está a ser banalizada?

Existem alguns pontos que eu tenho que deixar claro, evidentemente que este é um recurso resultante da liberdade de cada indivíduo e torna-se um utensílio único de auto-defesa, é a capacidade de nos libertarmos de quem nos proporciona maus momentos. É evidente que é perfeitamente legítimo o divórcio quando um casal se vê envolvido em situações extremas de violência, infelicidade ou um dos membros é problemático mas, quantas vezes o divórcio resulta da falta de compreensão? Do excesso de orgulho? Da incapacidade de ouvir?

É esta a minha crítica... Os casais assumem o casamento como algo ritual e pautado de enorme cariz social, uma forma de dar a conhecer publicamente à sua rede de afectos (e não só) a relação que mantêm, para logo a seguir não serem capazes de aceitar diferenças de opiniões, não conseguirem quebrar rotinas e manter o amor vivo, não serem capazes de ceder em prol da felicidade do outro...

Lamento este crescente aumento da taxa de divórcios no nosso país... Por isso, felicidades para aqueles que mantêm relações baseadas na compreensão, companheirismo e amor. Felicidades para aqueles que escolherem o divórcio como uma fuga a uma enorme dor (torna-se legítimo). Felicidades a todos aqueles que cometeram erros e que se arrependem.