domingo, 1 de agosto de 2010

Educação

Nos últimos dias a comunicação social deliciou-nos com as novas palavras da actual Ministra da Educação em que demonstra a sua vontade de acabar com as reprovações salvaguardando que será algo feito de uma "forma gradual, moderada".

O ensino em Portugal deixa-me cada vez mais desiludida e vejo esta possível medida como algo ridículo que apenas promove o facilitismo e cria péssimos profissionais para o futuro do país.

Por vezes, dá a sensação de que a Dra. Isabel Alçada pensa nas escolas portuguesas como sendo estabelecimentos repletos de crianças com imensa vontade de aprender em que os problemas são quase inexistentes e todos ultrapassáveis, só que os alunos que reprovam actualmente não se limitam àqueles que se esforçam para obter resultados e não os conseguem (e aí sim deveria existir um melhor acompanhamento por parte da comunidade escolar) mas dividem-se em dois grandes grupos: os que trabalham mas não conseguem e os que não conseguem porque não trabalham.

Assim sendo... É justo que alunos que faltam às aulas insistentemente, que primam pela má-educação, que recusam estudar transitem? Não me parece...

É lamentável mas é verdade: actualmente já se evitam reprovações ainda que a medida sugerida pela ministra da educação tenha sido somente verbalizada e esteja longe de ser executada. Existem professores que facilitam a vida aos alunos para poderem ser distinguidos positivamente nas suas avaliações; existem provas de recuperação em que os alunos após faltarem às aulas sem qualquer escrúpulo precisam de tirar positiva e as faltas são limpas... E quem confere o grau de dificuldade da prova realizada?!

Deveria existir interesse em manter a justiça e exigência no ensino possibilitando a formação de profissionais competentes.

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